Precisamos de líderes que NOS REPRESENTEM!

Basta dar uma olhada rápida nas ruas da cidade, ouvir nas rodas de conversa, nas filas dos bancos e supermercados e em todos os lugares onde se há pensamentos e opiniões sendo postos a fora, para descobrir que vivemos uma crise, mas não financeira, ainda que essa esteja também presente na vida do parnanguara. Mas falo de uma crise diferente, uma que apresenta como sintoma a rejeição por vezes não do líder, mas do que ele diz, pensa, e ensina. Estamos com falta de fé nas direções dadas por nossas lideranças, e essas parecem ser incapazes de dar a segurança que a sociedade precisa para poder crer naquilo que eles estão dizendo. O que falo é que antes de crer no que alguém diz, você precisa crer nele. Essa falta de fé na pessoa que lidera nos leva a não ir quando convocados, não fazer quando somos solicitados.

Um termômetro disso pode ser por exemplo: Porque a população não aderiu a ideia de tomar vacina contra a Dengue, quando esse mal assolou tão de perto essas mesmas famílias que hoje dizem eu não vou tomar! Não podemos fechar os olhos a esse fato que deve ser estudado Sociologicamente, alias o simples fato de isso ainda não haver ocorrido corrobora para o fato da crise de fé. Ouvi de um rapaz que ao ser perguntado porque você não tomou a vacina? Ele disse: Pensa bem, no evento que tivemos no porto de lançamento do programa de vacinação nosso líder não tomou, o que ele sabe que nós não sabemos? Esse tipo de questionamento que é facilmente aceito por aqueles que já foram por tantas vezes enganados, roubados, e ignorados, se espalham como fogo em terra seca. 

Ainda como indicador desse termômetro temos: O tão baixo comparecimento nas audiências públicas, porque isso acontece? Assuntos e temas relevantes e importantes para a vida da cidade, industrias que querem se instalar, programas de governo que em tese querem funcionar........ porque os cidadãos não vão?

Para responder a essa pergunta, primeiro devemos entender que o povo fala uma língua que nem todo o político entende, precisamos de políticos com o ouvido de Ulisses Guimarães que ouvem o que o povo diz pelo que o povo faz. Vivemos uma democracia inteligente, de um povo inteligente, onde entender de uma forma mais profunda um tema proposto, uma solução proposta passa pelo crivo da pessoa que está propondo, não basta apenas dizer faça! E apresentar argumentos óbvios, dizendo o que a população já sabe, é necessário se construir uma imagem de liderança forte no sentido do pensamento social, não apenas administrativo.

A anos ouvimos respostas a problemas como esse na seguinte ordem: “O povo parnanguara é pacato, desinteressado, ele é assim mesmo, são pessoas simples!” Porque no período eleitoral não vemos esse discurso acontecendo? Na verdade esse é quase um jargão daqueles que menosprezam a inteligência do parnanguara, para não admitir que estão aquém para fazer aquilo que vieram fazer, pois não são quem deviam fazer.

Precisamos de líderes que NOS REPRESENTEM! As ruas demonstraram isso nos últimos meses atrás. Mas não que representem nossas necessidades, o que diga-se de passagem foi um dos erros do Governo Dilma, mas que representem nossos interesses, pensamentos, Fé, pois o que precisamos não é maior do que nós mesmos. Pão e Peixe já não são mais tão bem aceitos em Paranaguá, a cidade está mudando e crescendo em si mesma. Mais cursos superiores, e a distancia entre o litoral e a capital foi encurtado a distancia de um click. Queremos ter fé em alguém, depois teremos fé no que alguém disser! Essa é a máxima do líder de êxito em nossos dias.



Emerson Casburgo - Teólogo e Pastor
https://twitter.com/emersoncasburgo 


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