Alexandra, colônias, ilhas e comunidades marítimas estão no foco da Secretaria Municipal de Saúde por terem áreas de mata, onde os mosquitos transmissores da doença estão presentes. Nesta quinta-feira houve reunião técnica para definir estratégias.
PMP

Secretarias Municipais de Paranaguá se unem para tratar questões envolvendo pessoas em situação de rua

A Secretaria Municipal de Saúde está focando ações de combate à febre amarela na zona rural de Paranaguá. Em Alexandra, colônias, ilhas e comunidades marítimas a vacinação está sendo intensificada desde a semana passada, por serem regiões de mata. 

De quarta-feira da semana passada até ontem foram imunizadas em Paranaguá 5.186 pessoas, conforme dados do Departamento de Epidemiologia divulgados nesta quinta-feira (31). Somente ontem foram aplicadas 1.195 doses. As unidades de saúde estão bastante movimentadas nos últimos dias, principalmente após a confirmação de um paciente com a doença, que é de Antonina e está internado no Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, na última segunda-feira. 

Agentes comunitários de saúde estão repassando orientações aos moradores dessas localidades rurais e fazendo a busca ativa de quem não foi imunizado. Também estão levantando as informações de quem já se vacinou para incluir em sistema do Ministério de Saúde. 

Nesta quinta-feira (31) técnicos da Secretaria de Estado da Saúde fizeram reunião com profissionais de Paranaguá. O encontro foi no auditório da Secretaria Municipal de Saúde e teve a presença da secretária Lígia Regina de Campos Cordeiro, que afirmou que a cidade está mobilizada para vacinar a população. “O prefeito Marcelo Roque determinou que tomássemos todas as providências para que nossa população fique protegida contra a febre amarela”, comentou a secretária. 

Alguns cuidados extras são necessários para quem não tomou a vacina ou que foi imunizado da semana passada para cá, já que a proteção ocorre somente 10 dias após a aplicação da dose. É importante usar repelente, colocar telas nas janelas, mosquiteiro na cama ou berço dos bebês. “Lembramos que a vacina é a única forma de prevenir a febre amarela e por isso é importante que a população procure nossas unidades para se proteger o quanto antes”, destacou a secretária. 

Entre as medidas tomadas pela Secretaria Municipal de Saúde assim que houve a suspeita da morte de 3 macacos por febre amarela, em Antonina, estão a intensificação da vacinação. Paranaguá passou a oferecer as doses contra a doença em todas as unidades básicas de saúde, das 8h às 17h, e também nas 7 que funcionam com horário estendido: Alexandra, Ilha dos Valadares (Rodrigo Gomes), Jardim Iguaçu, Vila Divinéia, Vila Garcia, Serraria do Rocha e Gabriel de Lara. 

Médicos e profissionais de enfermagem passarão por treinamento e haverá também mudanças estruturais que estão sendo providenciadas para melhorar tanto o diagnóstico quanto a assistência aos pacientes, no caso de registro de casos confirmados. “Estamos fazendo todo o planejamento necessário, contando até com a possibilidade de termos casos. Logicamente que não é isso que queremos, mas se acontecer estaremos preparados”, ponderou a secretária Lígia. 

Para Fernanda Crosewski, da Divisão de Vigilância no Programa de Imunização da Secretaria de Estado da Saúde, o propósito da reunião era ajudar o município no que fosse necessário. “Estamos aqui para ver como está sendo a estratégia para combater a febre amarela e também atingir a cobertura vacinal desejável”, comentou. 

Mesmo fazendo parte da rotina de imunizações, como a Paranaguá e a região não eram áreas indicadas para vacina, até o ano passado, não havia registro no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI). Isso gerou uma deficiência no abastecimento dos dados, o que coloca a cidade com baixa taxa de imunização. “Por isso é importante que os agentes de endemias façam a busca ativa, para termos condições de até mapear a doença, em caso de termos casos positivos, por exemplo. (…) A faixa etária mais descoberta é a entre 15 e 59 anos”, comenta Fernanda.

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