Indicada por Lula ao STF, em 2006, Cármen Lúcia foi responsável, enquanto presidente, por homologar as delações da Odebrecht na operação Lava Jato.
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Em palestra na sede da PUC de Belo Horizonte (MG), nesta segunda (20), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que irá renunciar ao cargo de presidente da Corte no início de 2018. Segundo a magistrada, a decisão foi tomada porque ela sente "saudades" de dar aula na Faculdade Mineira de Direito (FMD), de onde está licenciada.

Segundo relatos do Estadão, Cármen Lúcia enfrentou um protesto ao chegar na faculdade para a palestra. Ela foi chamada de "golpista", mas classificou o episódio como algo natural, próprio da democracia. "Se não fosse aqui [o protesto], seria na sala de aula", afirmou.

Se renunciar ao cargo de presidente, Cármen Lúcia não completará os dois anos de mandato no posto. Ela tomou posse em setembro de 2016, como segundo mulher a presidir o Supremo. A primeira foi Ellen Gracie.

Indicada por Lula ao STF, em 2006, Cármen Lúcia foi responsável, enquanto presidente, por homologar as delações da Odebrecht na operação Lava Jato.

Há alguns meses, seu nome aparece em artigos de opinião que sustentam que ela deveria ser a presidente do País em caso de o governo Michel Temer se tornar insustentável.  

GGN

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