Advogado Roberto Podval afirma que casal foi condenado às penas máximas das qualificadoras por causa da repercussão do caso. Alexandre Nardoni foi condenado a 30 anos e Ana Carolina Jatobá a 26 anos de prisão.

Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, condenados pela morte da menina Isabella Nardoni, em 2008, pediram a redução da pena ao Supremo Tribunal Federal (STF). O pai de Isabella foi condenado a 30 anos e dois meses de prisão enquanto a madrasta da menina teve como pena 26 anos e oito meses de cadeia. Ambos estão presos em penitenciárias em Tremembé (SP).

O habeas corpus foi protocolado no STF na última sexta-feira (2) por Roberto Podval, responsável pela defesa do casal. O pedido tramita em segredo de justiça.

O advogado Roberto Podval afirma que o casal foi condenado à pena máxima em todas as qualificadoras aplicadas à condenação. Segundo ele, a repercussão da mídia e a comoção social por causa do crime levaram a uma pena que ele considera exagerada.

O pedido pela redução das penas foi proporcional a cada condenação - ele não revelou o tempo exato - e, segundo o advogado, foi baseada em outras reduções concedidas em casos de repercussão feitas pelo Supremo.

O STF informou que o habeas corpus não tem data para que seja incluído na pauta. O relator é o ministro Dias Tófolli.

Casal

Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá foram condenados por matar Isabella Nardoni, filha de Alexandre, no dia 29 de março de 2008. Eles foram considerados culpados por jogar o corpo da menina pela janela do sexto andar do prédio onde moravam, na zona norte de São Paulo.

A defesa nega o envolvimento dos dois no crime e alega que uma terceira pessoa teria invadido a casa e cometido o assassinato.

Presa desde a época do caso, Ana Carolina Jatobá obteve a progressão de pena em julho de 2017 e passou ao regime semiaberto. Durante o processo para conseguir o benefício, Ana Carolina disse que não se sentia culpada ou arrependida porque se considera inocente.

Nesta quinta-feira (8), ela deve deixar a Penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, para a saída temporária antecipada de Páscoa.

Já Alexandre Nardoni segue preso em regime fechado, sem direito a saídas do presídio, na Penitenciária Doutor José Augusto Salgado, a P2 de Tremembé.

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