Pressionado pelos partidos do chamado "centrão", o presidente interino, Michel Temer, decidiu nomear o deputado André Moura (PSC-SE) como líder de seu governo na Câmara. O martelo foi batido na noite desta terça-feira (17).

Apoiado pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Moura era o nome defendido por partidos como PP, PR e PSD.

Fiel da balança na votação do impeachment de Dilma Rousseff, o grupo chegou a levar a Temer durante a manhã uma lista com 300 nomes que apoiavam a condução de Moura para a liderança.

Moura é um dos expoentes da tropa de choque que tenta barrar a cassação de Cunha no Conselho de Ética e chegou a ser chamado de "lambe botas" do peemedebista pelo petista Paulo Teixeira (SP).

Seu principal rival era Rodrigo Maia (DEM-RJ), que tinha entre seus cabos eleitorais Moreira Franco, secretário-executivo de Parcerias do governo e um dos principais articuladores de Temer.

O "centrão" não admitia que um nome da antiga oposição ocupasse o posto. Esses partidos estudam a possibilidade de formar um "blocão" de apoio a Temer.

O líder do governo na Câmara é, em linhas gerais, o responsável por negociar em nome do Palácio do Planalto os temas de interesse do presidente da República.

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