Alceuzinho Maron de Paranaguá, era membro da CPI

Segundo Ministério Público Federal no Paraná, um delator da Operação Integração II, fase 55 da Lava Jato, revelou detalhes de um encontro em São Paulo de acionistas das concessionárias de rodovias

Segundo Ministério Público Federal no Paraná, um delator da Operação Integração II, fase 55 da Lava Jato, revelou detalhes de um encontro em São Paulo de acionistas das concessionárias de rodovias Foto: Pedro de Oliveira/Alep

Governadora Cida Borghetti pede suspensão do pedágio

A governadora do Paraná e candidata à reeleição Cida Borghetti (PP) determinou no último dia 26 que a Procuradoria-geral do Estado ingresse na Justiça com ação pedindo a suspensão da cobrança de pedágio em todo o Anel de Integração.

A medida se baseia nos fatos apurados pela Operação Integração, na 55ª fase da Lava Jato, que indica manipulação dos contratos e dos preços das tarifas para atender interesses das concessionárias. Entre os presos na operação estão José Pepe Richa Filho, irmão do ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) e ex-secretário de Estado da Infraestrutura, o diretor regional da Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias (ABCR), João Chiminazzo Neto; e representantes das seis concessionárias que cobram pedágio nas rodovias federais do Paraná: Econorte, Ecovia, Ecocataratas, Rodonorte, Viapar e Caminhos do Paraná. O primo de Richa, Luiz Abi, também teve a prisão decretada, mas não foi encontrado por estar em viagem ao exterior. Pepe foi preso sob suspeita de montar um comitê clandestino de campanha do tucano no bairro Água Verde, em Curitiba, em 2014.

A Operação Integração II, fase 55 da Lava Jato, vai além do suposto esquema de propinas para um grupo ligado ao ex-governador Beto Richa. A investigação aponta para um possível repasse de valores ilícitos no Tribunal de Contas do Estado e também para deputados que integraram a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Pedágios, na Assembleia Legislativa.

As suspeitas surgiram a partir do relato de um delator. Ele narrou aos investigadores detalhes de um encontro que teria sido realizado em São Paulo entre acionistas das concessionárias de rodovias no qual discutiu-se a ‘necessidade’ de pagamentos de propinas para conter um eventual avanço da CPI. Outro motivo de preocupação do setor era uma auditoria técnica ‘incisiva’ que estaria em curso no Tribunal de Contas.

Nesta quarta, 26, a Polícia Federal e a Procuradoria da República deflagraram a Lava Jato 55 e saíram às ruas à procura de 19 investigados. Segundo o procurador da República Diogo Castor de Mattos, que integra a força-tarefa da Lava Jato, o colaborador também mencionou o pagamento de vantagens indevidas, segundo ele tomou conhecimento, à CPI do Pedágio e ao Tribunal de Contas do Estado’.

A CPI foi formada por:

– Nelson Luersen: presidente

– Adelino Ribeiro: vice-presidente

– Douglas Fabrício: relator

– Wilson Quinteiro: relator adjunto

– Alceuzinho Maron: membro

– Péricles de Mello: membro

– Nereu Moura: membro

– Artagão Júnior: membro

– Bernardo Carli: membro

Com informações do Bem Paraná e Estadão Conteúdo

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