Campanha segue até dia 31 de maio (próxima sexta-feira). Entre os grupos prioritários com menor procura o destaque é para pessoas com comorbidades, gestantes e crianças.
REPRODUÇÃO

A campanha de vacinação contra a gripe (H1N1) entra na reta final com saldo baixo de procura. Do início de abril, quando as doses começaram a ser aplicadas, até agora, foram vacinadas apenas 18.569 pessoas de Paranaguá que pertencem aos grupos prioritários, faltando 27.485 doses. 

O número representa apenas 40,32% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, que é imunizar um total de 46.054 cidadãos locais. “Ainda temos tempo para conseguir vacinar esses quase 60% do público-alvo restante. Faltam poucos dias e esperamos atingir as metas estabelecidas para vacinar crianças de 6 meses a 6 anos incompletos, idosos com mais de 60 anos, gestantes em qualquer período gestacional, puérperas até 45 após o parto, profissionais de saúde e professores”, alerta a secretária municipal de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro. 

O imunobiológico estará à disposição apenas até o dia 31 de maio, em todas as unidades de saúde de Paranaguá, das 8h às 17h, e no período da noite no posto da Grabiel de Lara, na região central, das 18h às 23h.

A preocupação maior é com os índices de cobertura vacinal de três grupos prioritários. Entre as crianças com idade entre 6 meses e 6 anos incompletos foram 34,54%, com 4.251 das 12.308 doses que deveriam ser aplicadas. A situação das gestantes é semelhante, com apenas 32,22% das vacinas realizadas, com 512 doses, quando na verdade 1.617 deveriam ser imunizadas. 

O quadro é pior entre pessoas com comorbidades, como hipertensos, diabéticos, imunossuprimidos como portadores de HIV e pacientes com câncer que fazem quimioterapia. São apenas 4.826 doses aplicadas, de um total de 15.101 que são esperadas, totalizando 31,96%.

Outro grupo prioritário que preocupa é o de puérperas. Mulheres com até 45 dias após o parto podem receber a vacina, mas somente 35,71% delas compareceram aos postos de saúde, totalizando 95 das 266 esperadas. 

O índice de vacinação está um pouco melhor, mas ainda abaixo da meta estabelecida, entre os idosos com mais de 60 anos. Foram aplicadas 6.358 doses neste público-alvo, totalizando 49,96%, mas o esperado é vacinar 12.727. 

Para professores do ensino básico e superior o índice é de 70,35%, com 952 vacinados, num universo de 1.356 que deveriam receber o imunobiológico. Trabalhadores de saúde somam 56,46%, pois foram feitas 1.491 aplicações das 2.641 previstas. 

O único grupo que cumpriu e chegou a quase dobrar a meta estabelecida foi o de indígenas. Foram aplicadas 73 doses, mas estavam previstas 38, perfazendo 192,11%. 

Na opinião da secretária municipal de Saúde, a situação “é bastante preocupante”. “Estamos chegando na reta final e normalmente sempre há uma procura maior nestes últimos dias. Por isso é importante se antecipar para evitar aglomerações. Tomar a vacina evita complicações em pessoas que contraem esses tipos de gripe, sobretudo em gestantes, idosos e crianças”, observou Lígia Regina de Campos Cordeiro. 

Todas as unidades de saúde de Paranaguá têm doses disponíveis da vacina contra a gripe H1N1. Elas atendem das 8h às 17h, sem intervalo para almoço. Entretanto, o posto da Gabriel de Lara tem aplicação também em horário estendido, no período da noite, entre 18h e 23h. “Criamos essa facilidade porque é importante proteger nossa população. É um benefício o atendimento em horário estendido, sobretudo para quem trabalha durante o dia e não tem tempo para se vacinar”, completou a secretária.

Prefeito Marcelo Roque entrega duas UTIs móveis nesta sexta-feira

SECOM

Deixe o seu comentário