Jogar óleo de cozinha usado na pia, no vaso sanitário ou no ralo ainda é um hábito comum em muitas residências brasileiras. Essa prática, no entanto, representa um grave risco tanto ao meio ambiente quanto à infraestrutura dos sistemas de esgoto, tornando-se um dos principais vilões do saneamento.
Com a chegada do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, a Iguá Saneamento lança campanha sobre o papel do esgotamento sanitário para a conservação da natureza e reforça a importância de práticas conscientes de descarte. A companhia alerta que um único litro de óleo pode contaminar até 25 mil litros de água — volume equivalente ao consumo de uma pessoa durante seis meses.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), o Brasil consome cerca de 3 bilhões de litros de óleo de cozinha por ano. No entanto, estima-se que apenas 5% desse volume seja reciclado, enquanto o restante é descartado de forma inadequada.
“Quando o óleo de cozinha é descartado na pia, ele se solidifica ao entrar em contato com a água fria e se acumula nas tubulações, causando entupimentos. Nas Estações de Tratamento de Esgoto, esse resíduo compromete a eficiência dos processos biológicos, eleva os custos operacionais e pode gerar a proliferação de vetores de doenças. É um impacto silencioso, mas extremamente prejudicial para todo o sistema”, afirma José Carlos Almeida de Sousa, diretor de Gestão Operacional da Iguá Saneamento.
O descarte inadequado também pode aumentar o risco de enchentes e até contaminar lençóis freáticos. Já em cursos d’água, o óleo forma uma camada que impede a entrada de oxigênio, prejudicando peixes e outras espécies aquáticas. Essa película também bloqueia a luz solar, afetando a fotossíntese das plantas e desequilibrando todo o ecossistema. Para ajudar a população a evitar esses danos e contribuir com o meio ambiente, a Iguá Saneamento preparou uma lista de orientações práticas sobre o descarte consciente e a reutilização do óleo de cozinha.
Dicas para o descarte correto do óleo de cozinha usado
• Espere esfriar: Após o uso, deixe o óleo esfriar completamente antes de manuseá-lo.
• Armazene corretamente: Use uma garrafa PET transparente para armazenar o óleo. Um funil pode facilitar o processo. Não é necessário peneirar.
• Evite vazamentos: Feche bem a tampa da garrafa e guarde em local arejado, longe do sol.
• Ponto de coleta: A Iguá mantém pontos de coleta no Rio de Janeiro, Miguel Pereira e Paty do Alferes (RJ) e em Paranaguá (PR). Para outras localidades, busque pontos de coleta disponíveis em sua cidade.
• Compartilhe a informação: Avise familiares, vizinhos e amigos sobre os impactos do descarte incorreto e como colaborar.
O que acontece com o óleo descartado corretamente?
Quando encaminhado para reciclagem, o óleo de cozinha usado pode ser transformado em produtos como sabão em barra, biodiesel e até tintas. Essa reutilização ajuda a evitar a contaminação ambiental, estimula a economia circular e pode até gerar oportunidades de renda em comunidades.
“Muita gente não imagina, mas atitudes simples no dia a dia fazem uma grande diferença para o meio ambiente e para o bom funcionamento do sistema de esgoto. O descarte correto do óleo de cozinha evita entupimentos, reduz o risco de poluição e ainda permite que esse resíduo ganhe uma nova vida por meio da reciclagem”, reforça Natália Flecher, gerente de Meio Ambiente, Qualidade e Mudanças Climáticas da Iguá Saneamento.
Importante lembrar:
Os pontos de coleta da Iguá recebem apenas óleo de cozinha. Óleos de motor ou outros tipos industriais devem ser descartados conforme as orientações do fabricante.
Mais informações sobre pontos de coleta e descarte consciente podem ser acessadas em: igua_sa-coleta_oleo-informe-2025