Foram 4,4 bilhões de litros produzidos em 2018, atrás de Minas Gerais, com 8,9 bilhões de litros. Além disso, dois municípios dos Campos Gerais são destaques: Castro lidera a produção brasileira e Carambeí ocupa a terceira posição no ranking nacional.
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A Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirma que o Paraná passou de terceiro para segundo maior produtor de leite do Brasil - foram 4,4 bilhões de litros produzidos em 2018. Conforme a pesquisa mais recente, divulgada neste mês, o líder nacional é Minas Gerais, que cresceu 1% e produziu 8,9 bilhões de litros em 2018 e, em terceiro lugar, está o Rio Grande do Sul, com 4,2 bilhões de litros de leite produzidos no último ano.

Castro, nos Campos Gerais, lidera a produção brasileira com 292 milhões de litros. Em segundo lugar está o município de Patos de Minas (MG), que produziu 193 milhões de litros. No Paraná, outro destaque é Carambeí, com 180 milhões de litros, que ocupa a terceira posição no ranking nacional.

POLO DE PROTEÍNAS - Para o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, os números do IBGE confirmam o esforço dos produtores paranaenses e consolidam o Paraná como grande polo produtor de proteínas animais. “Produzimos no ano passado 5,6 milhões de toneladas de carne e 4,4 bilhões de litros de leite, voltando a ocupar a segunda posição no ranking nacional, mas também consolidando o sul do Brasil como a ‘Meca’ do leite”, diz.

Na comparação com 2017, quando o Estado ocupava a terceira posição no ranking brasileiro, a produção paranaense teve uma queda de aproximadamente 1%. Já a produção do Rio Grande do Sul caiu cerca de 3%.

PRODUTIVIDADE - Por outro lado, com relação à produtividade, o Paraná cresceu 3%. Carambeí e Castro, por exemplo, produzem quatro vezes mais do que a média brasileira, que é de dois mil litros ao ano por animal – os dois municípios paranaenses produzem, respectivamente, 9 mil litros e 8, 3 mil litros por vaca ao ano.

“No Paraná, que tem 1,4 milhão de cabeças de gado leiteiro, a produtividade por animal é de 3,2 mil litros ao ano. Junto aos demais estados do Sul, o Paraná tem as maiores produtividades do Brasil”, diz o chefe do Deral Salatiel Turra.

ALTA TECNOLOGIA - Os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento também mostraram diminuição da produção de leite. Segundo o técnico do Deral Fábio Mezzadri, isso se deve ao aumento do custo de produção, o que tem afastado pequenos produtores desse setor. “No entanto, o investimento dos produtores em alta tecnologia tem colaborado para o aumento da produtividade”, explica.

VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO – O Valor Bruto da Produção (VBP) do leite cresceu na região que engloba os municípios em destaque - que teve crescimento de 12%, ou R$ 103 milhões, sendo responsável por mais de metade do crescimento de 182 milhões no VBP do leite paranaense.

A produção se concentra nas cooperativas, principalmente de origem holandesa. “Este setor vem crescendo ano a ano, se modernizando, tanto em equipamentos como no manejo, com o aumento do plantel em confinamento, gerando empregos e alavancando a economia da região”, diz o técnico do Deral no Núcleo Regional de Ponta Grossa, Luiz Alberto Vantroba.

OUTRAS CULTURAS - Além dos municípios que se destacaram em nível nacional para o leite, a pesquisa do IBGE também mostrou outros destaques paranaenses no Brasil: Ortigueira continua sendo o município maior produtor de mel, Nova Aurora foi o principal município produtor da piscicultura, Toledo se mantém o maior rebanho suíno, e o município de Cascavel tem o segundo maior efetivo de galináceos.

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